LEITURA ORANTE PARA O 5 DOMINGO DA QUARESMA
REFRÃO MEDITATIVO: A tua ternura Senhor vem abraçar, a tua bondade infinita me perdoar. Vou ser o teu seguidor, e te dar o meu coração, eu quero sentir o calor de tuas mãos.
INVOCAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO
TEXTO BÍBLICO: Jo 8,1-11
1. LEITURA: Que diz o texto?
PISTAS PARA LEITURA
(Fonte: lectionautas.com.br)
Neste domingo nós nos afastamos do evangelho de Lucas para entrar no evangelho de João. No entanto, este evangelho não perde de vista a experiência da misericórdia. Trata-se do episódio da mulher surpreendida em adultério (João 8.1-11). Diante dela e também diante de seus acusadores, hoje vemos Jesus como Senhor da misericórdia e do perdão, que penetra no mais íntimo do coração do homem.

1. Jesus, Mestre no Templo (8.1-2)
Jesus madruga para ir ao Templo, e ali o rodeia uma grande quantidade de gente que busca seu ensinamento. Jesus encontra-se na qualidade de “Mestre”; por isso se diz que “estava sentado, ensinando a todos” (v. 2b). A situação será aproveitada pelos inimigos de Jesus para emboscá-lo em uma armadilha jurídica, desacreditá-lo e levá-lo ao patíbulo.
2. O julgamento público da adúltera (8.3-9)
a. O problema de fundo
b. A resposta de Jesus
OLHAR PARA REALIDADE
(Francisco Regis)
Jesus desconcerta os acusadores da mulher pega em adultério, porque estavam cegos pela Lei. Não estavam errados, apenas se deixaram cegar pela Lei e, na vontade de fazer justiça, tentaram matar uma vida. Colocaram a Lei acima da vida; Jesus coloca a vida acima da Lei. Para Jesus (e para nós cristãos) toda Lei que tira a vida é imoral e agride a consciência religiosa de discípulos e discípulas do Evangelho. Jesus não coloca panos quentes para amenizar a gravidade do pecado contra a fidelidade conjugal, nem procura motivos, justificações e justificativas... apenas aponta um novo caminho aos apedrejadores e à adúltera. Os apedrejadores abandonam suas armas e a mulher conhece um novo modo de viver.

É claro que existem causas e conseqüências de nossas escolhas ou da educação que recebemos em nossas famílias. Mas, isso não é motivo para se viver como arqueólogo, desenterrando ossos do passado. “Você é assim, porque no passado, um tio era muito nervoso e agredia sua tia”; ou, porque “seu pai ou avô tinha uma tara, você traz consigo essa nódoa”. Pode até ser que sim, mas viver culpando o passado é voltar ao Egito, ao tempo da escravidão. Alguns mandam rezar missas de cura e libertação, outros fazem terapia, outros reclamam... as reações são diversas. A proposta de Jesus é diferente: reconhece o pecado da infidelidade, mas não o justifica na busca de motivos presentes ou passados que causaram a traição do marido; apenas propõe um novo modo de viver, indicando um novo caminho: “vai e não peques mais”. Propõe viver de modo diferente, viver sem projeções, sem buscar culpados. Viver na dinâmica da misericórdia consigo e para com os outros, assumindo as responsabilidades da vida. Converter-se é crer que existe um novo caminho. Afinal, não se pode tocar a vida, nos caminhos do mundo, ficando olhando unicamente no retrovisor.
PERGUNTAS PARA LEITURA
1)O que o texto narra?
2)Quem trouxe a adultera até Jesus? O que disseram dela?
3)Por que a levaram até Jesus?
4)Qual foi a atitude de Jesus diante da provocação? Por que
Jesus se agacha para escrever na terra?
5)Como a mulher se sentiu? Como ela se via diante de tal
situação
6)O que aconteceu com os doutores da lei e fariseus depois
da resposta de Jesus?
7)Como foi o diálogo de Jesus com a mulher?
8)Como ela se sentiu depois do perdão?
9)O que pode ter acontecido depois da fala de Jesus... vamos
imaginar a continuidade do Evangelho...
10) Qual o ensinamento dado para nós por meio desse texto
hoje?
2. MEDITAÇÃO

1) Considero-me uma pessoa sem pecado?
2) Como me comporto diante
das falhas e fraquezas dos outros?
3) Que atitudes Jesus pede que eu assuma?
4) De
que maneira concreta busco e recebo o perdão de meu Senhor?
5)Valorizo o
sacramento da confissão?
3. ORAÇÃO
Hoje Deus, por meio de sua Palavra, fala a partir de sua
misericórdia para comigo como pecador, mas me pede que seja misericordioso com
os demais. Que resposta lhe dou quanto a estes convites?
Concedei-me a graça da responsabilidade por meus atos,
Senhor. Que eu não fique buscando culpados, projetando causas e sentindo-me vítima do que outros fizeram contra mim. Vós me conheceis melhor que a mim mesmo. Vós sabeis onde residem minhas limitações e meus medos, por isso, recorro à vossa misericórdia. Não peço somente por mim, mas por tantos irmãos e irmãs que vivem sem direção. Indicai-lhes caminhos de liberdade a quem vive sem encontrar
uma saída. Abri caminhos novos a quem se sente prisioneiro da vida, tirai pedras das mãos em quem se sente no direito de julgar, agredir, matar. São tantos os caminhos que terminam no nada. Vinde em nosso auxílio, Senhor, para indicar-nos caminhos de liberdade e caminhos libertadores. Amém!
4. CONTEMPLAÇÃO
O Senhor apresenta-se a nós como um Deus que ama
profundamente suas criaturas, mas que também exige delas uma vida nova; por
isso, digamos:
“Quero, Senhor, ser uma pessoa nova, com tua graça”.
5. AÇÃO
Com que me comprometo para demonstrar mudança?
Nesta quaresma, aproximei-me do Sacramento da Reconciliação?
O que me falta para sentir-me perdoado por Deus? Como posso ser misericordioso
com os demais? Tenho rancores contra alguém ainda por sanar? Sou capaz de
perdoar? Como é a vida nova que Jesus me pede?
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